segunda-feira, 14 de maio de 2012

REVIEW: UM DIA


Livro: Um Dia
Título original: One Day
Autor: David Nicholls
Número de páginas: 416
Editora: Intrínseca

Sinopse:
Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.

Um Dia conta a estória de Emma e Dexter e seus encontros e desencontros ao longo dos anos. Cada capítulo representa um ano na vida dos dois e se passa sempre no mesmo dia: 15 de julho. Achei essa ideia muito interessante e diferente, mas confesso que fiquei com certo receio de o autor não saber desenvolver os personagens e suas mudanças ao longo dos anos. Contanto, não tinha por que me preocupar: Nicholls conseguiu expressar com maestria os sentimentos e o amadurecimento dos personagens à medida que o tempo passa.

Fumar não é uma coisa inteligente, sabe. Sei que você acha que fica parecendo um artista de cinema, mas não é verdade, fica horrível.
Então por que você fuma?
Porque eu fico sensacional.

O livro tem partes superengraçadas (Emma é uma personagem divertida e encantadora), bem como momentos tristes e intensos. Os leitores jovens poderão se identificar com um momento apresentado no livro em que decisões precisam ser tomadas; decisões estas que definirão o rumo de suas vidas.

A gente tem vinte minutos para almoçar e você pode comer qualquer coisa do cardápio, menos os camarões grandes, o que eu considero um bênção disfarçada. Se você dá valor a sua vida, não toque nos camarões grandes. É como roleta-russa, um em cada seis te mata.

A narrativa em terceira pessoa é gostosa e flui bem, mas o fato de o intervalo entre cada capítulo ser de um ano pode causar certo estranhamente quanto à ambientação da estória, afinal, a cada capítulo o leitor tem de ser apresentado ao novo cenário para poder “ficar por dentro” dos fatos que decorreram no último ano da vida dos dois personagens principais, e, indiretamente, dos personagens que estão ao seu redor.

Dexter não consegue se concentrar por muito tempo. Como um bebê. Ou um macaco. Você precisa estar sempre agitando alguma coisa brilhante na frente dele.

A estória tem muitas reviravoltas e os personagens são tão realísticos que acabam se tornando parte de nossas vidas, mesmo que por um curto espaço de tempo.

O dinheiro é curto, mas me sinto livre. Vou ao cinema à tarde. – Fez uma pequena pausa. – Posso nadar! Eu nado bastante. Nado, nado, nado, quilômetros e quilômetros. Meu Deus, como eu odeio nadar.

Até perto do fim, eu estava bastante satisfeito com o desenrolar dos fatos. Mas, infelizmente, decepcionei-me com o final. Compreendi que lição o autor tentou passar, mas mesmo assim achei desnecessário: o que era para ser triste se tornou, em parte, frustrante para mim. Queria muito poder mudar o final do livro, mas como não tenho esse poder vou tentar me conformar.

Ela diz que eu sou complicado.
Complicado. Você é um quebra-cabeça de duas peças... – Sentou-se e limpou a grama da pele. – De uma cor só.

Mesmo assim, recomendo! É um romance divertido que poderia muito bem tomar lugar na vida real.

Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida sera este. Confiança. Seria o presente da confiança. Ou isso ou uma vela perfumada.

Nota: 4 de 5 estrelas.

2 comentários:

  1. Lucas, fiquei que nem você no final, nem acreditei que tinha acabado desse jeito. É nessas horas que dá vontade de passar o corretivo no livro e escrever o final como eu gostaria que fosse kkkkk
    Mas o livro é bem engraçado, se a gente fingir que não leu o final, fica melhor ainda.
    Bjs

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    Respostas
    1. Sério, tinha partes que eu caía na gargalhada, hahaha. =) Esses autores que estragam o livro com finais ruins, aff... :(

      Beijos ;)

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