Livro: Um Dia
Título original:
One Day
Autor: David
Nicholls
Número de páginas:
416
Editora:
Intrínseca
Sinopse:
Dexter
Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia
seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar
caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não
conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em
levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles
sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito
especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma
extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos
seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano,
todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e
brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E,
conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado,
eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria
vida.
Um Dia
conta a estória de Emma e Dexter e seus encontros e desencontros ao
longo dos anos. Cada capítulo representa um ano na vida dos dois e
se passa sempre no mesmo dia: 15 de julho. Achei essa ideia muito
interessante e diferente, mas confesso que fiquei com certo receio de
o autor não saber desenvolver os personagens e suas mudanças ao
longo dos anos. Contanto, não tinha por que me preocupar: Nicholls
conseguiu expressar com maestria os sentimentos e o amadurecimento
dos personagens à medida que o tempo passa.
–Fumar
não é uma coisa inteligente, sabe. Sei que você acha que fica
parecendo um artista de cinema, mas não é verdade, fica horrível.
–Então
por que você fuma?
–Porque
eu fico sensacional.
O
livro tem partes superengraçadas (Emma é uma personagem divertida e
encantadora), bem como momentos tristes e intensos. Os leitores
jovens poderão se identificar com um momento apresentado no livro em
que decisões precisam ser tomadas; decisões estas que definirão o
rumo de suas vidas.
–A
gente tem vinte minutos para almoçar e você pode comer qualquer
coisa do cardápio, menos os camarões grandes, o que eu considero um
bênção disfarçada. Se você dá valor a sua vida, não toque nos
camarões grandes. É como roleta-russa, um em cada seis te mata.
A
narrativa em terceira pessoa é gostosa e flui bem, mas o fato de o
intervalo entre cada capítulo ser de um ano pode causar certo
estranhamente quanto à ambientação da estória, afinal, a cada
capítulo o leitor tem de ser apresentado ao novo cenário para poder
“ficar por dentro” dos fatos que decorreram no último ano da
vida dos dois personagens principais, e, indiretamente, dos
personagens que estão ao seu redor.
–Dexter
não consegue se concentrar por muito tempo. Como um bebê. Ou um
macaco. Você precisa estar sempre agitando alguma coisa brilhante na
frente dele.
A
estória tem muitas reviravoltas e os personagens são tão
realísticos que acabam se tornando parte de nossas vidas, mesmo que
por um curto espaço de tempo.
–O
dinheiro é curto, mas me sinto livre. Vou ao cinema à tarde. –
Fez uma pequena pausa. – Posso nadar! Eu nado bastante. Nado, nado,
nado, quilômetros e quilômetros. Meu Deus, como eu odeio nadar.
Até
perto do fim, eu estava bastante satisfeito com o desenrolar dos
fatos. Mas, infelizmente, decepcionei-me com o final. Compreendi que
lição o autor tentou passar, mas mesmo assim achei desnecessário:
o que era para ser triste se tornou, em parte, frustrante para mim.
Queria muito poder mudar o final do livro, mas como não tenho esse
poder vou tentar me conformar.
–Ela
diz que eu sou complicado.
–Complicado.
Você é um quebra-cabeça de duas peças... – Sentou-se e limpou a
grama da pele. – De uma cor só.
Mesmo
assim, recomendo! É um romance divertido que poderia muito bem tomar
lugar na vida real.
Você
é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente
para o resto da sua vida sera este. Confiança. Seria o presente da
confiança. Ou isso ou uma vela perfumada.
Nota:
4 de 5 estrelas.
Lucas, fiquei que nem você no final, nem acreditei que tinha acabado desse jeito. É nessas horas que dá vontade de passar o corretivo no livro e escrever o final como eu gostaria que fosse kkkkk
ResponderExcluirMas o livro é bem engraçado, se a gente fingir que não leu o final, fica melhor ainda.
Bjs
Sério, tinha partes que eu caía na gargalhada, hahaha. =) Esses autores que estragam o livro com finais ruins, aff... :(
ExcluirBeijos ;)