Livro: A
Floresta de Mãos e Dentes
Título original:
The Forest of Hands and Teeth
Autora: Carrie
Ryan
Número de
páginas:296
Editora:
Underworld
Sinopse:
O
mundo de Mary é um mundo de verdades simples. A Irmandade sempre
sabe o que é melhor. Os guardiões protegem a todos. Os Esconjurados
jamais descansam. E você deve sempre tomar cuidado com a cerca que
protege a vila da Floresta de Mãos e Dentes. Mas, lentamente, as
verdades de Mary estão se desintegrando. Ela está aprendendo coisas
que nunca quis saber a respeito da Irmandade e seus segredos, dos
Guardiões e seu poder, e dos Esconjurados e seu desespero. Quando a
cerca é violada e seu mundo é atirado no caos, Mary deve escolher
entre seu amado e o homem que a ama. E ela deve enfrentar a verdade a
respeito da Floresta de Mãos e Dentes. Pode existir vida em um mundo
cercado por tanta morte?
Deixe-me começar a resenha dizendo que A Floresta de Mãos e
Dentes é um livro sobre zumbis, mas a palavra “zumbi” não é
dita em nenhum momento da estória. No livro, os zumbis são os
temidos Esconjurados, que ameaçam a segurança de todos que moram na
aldeia. O livro conta a estória de Mary, uma garota que sonha em
conhecer o mar e constantemente questiona sua fé em Deus. Mas quando
os esconjurados invadem a aldeia, que até então estava protegida
por enormes cercas, Mary não vê outra alternativa senão fugir e
começar sua jornada pela Floresta de Mãos e Dentes.
“No
momento entre a morte de minha mãe e seu Retorno, eu paro de
acreditar em Deus.”
Uma das coisas que mais me chamou a atenção na estória foi a
dúvida de Mary em relação a sua crença em Deus, e, na maioria das
vezes, a falta dela. O modo como a religião foi inserida na estória
me encantou de uma maneira incrível, assim como todos os conflitos
religiosos sofridos pela personagem principal. A Irmandade é severa
e ditadora de uma forma revoltante; ela tem o controle de tudo e de
todos, e muitas vezes age cruelmente para que ninguém descubra o que
há do outro lado da cerca além dos Esconjurados.
“Eu
soluço porque isto não é vida. Porque não é assim que a vida
deveria ser e porque não sei como consertar nenhuma dessas
situações.”
A escrita da Carrie Ryan é maravilhosa! Ela conseguiu que mesmo os
momentos mais sofridos não ficassem chatos e arrastados. Os
capítulos do livro são curtos e há muita luta e sangue
(obviamente, afinal estamos falando de um livro cujo tema é zumbis),
sem nunca deixar de explorar o emocional dos personagens.
“Fico
à beira do túmulo de Beth, olhando para a Floresta e me perguntando
como nunca estamos verdadeiramente preparados para a morte.”
Eu apenas senti falta de uma melhor explicação sobre a devastação
do mundo pelos Esconjurados. Como foi que a infecção surgiu? Como a
situação chegou àquele ponto? Mas apesar de nesse quesito o livro
ficar devendo, o final me deixou bastante satisfeito. É must-read,
pois eu simplesmente não conseguia parar de ler!! A estória, além
de inovadora, é triste e alucinante ao mesmo tempo. Recomendo
demais!!
“Ele
me joga por sobre seu ombro, posso sentir como seu corpo estremece e
sei que ele está chorando. (…) E me pergunto se algum dia já
existiu algum mundo mais cruel do que este que nos força a matar as
pessoas que mais amamos.”
Quando acabei a leitura, só o que eu conseguia pensar era: “Cadê
a sequência? Cadê??”. O livro possui dois companion books
(estórias que se passam no mesmo mundo, mas com outros
personagens): The Dead-Tossed Waves e The Dark and Hollow
Places, mas ainda não foram lançados por aqui.
NOTA: 4,5 de 5 estrelas.
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