segunda-feira, 28 de maio de 2012

REVIEW: A FLORESTA DE MÃOS E DENTES


Livro: A Floresta de Mãos e Dentes
Título original: The Forest of Hands and Teeth
Autora: Carrie Ryan
Número de páginas:296
Editora: Underworld

Sinopse:

O mundo de Mary é um mundo de verdades simples. A Irmandade sempre sabe o que é melhor. Os guardiões protegem a todos. Os Esconjurados jamais descansam. E você deve sempre tomar cuidado com a cerca que protege a vila da Floresta de Mãos e Dentes. Mas, lentamente, as verdades de Mary estão se desintegrando. Ela está aprendendo coisas que nunca quis saber a respeito da Irmandade e seus segredos, dos Guardiões e seu poder, e dos Esconjurados e seu desespero. Quando a cerca é violada e seu mundo é atirado no caos, Mary deve escolher entre seu amado e o homem que a ama. E ela deve enfrentar a verdade a respeito da Floresta de Mãos e Dentes. Pode existir vida em um mundo cercado por tanta morte?

Deixe-me começar a resenha dizendo que A Floresta de Mãos e Dentes é um livro sobre zumbis, mas a palavra “zumbi” não é dita em nenhum momento da estória. No livro, os zumbis são os temidos Esconjurados, que ameaçam a segurança de todos que moram na aldeia. O livro conta a estória de Mary, uma garota que sonha em conhecer o mar e constantemente questiona sua fé em Deus. Mas quando os esconjurados invadem a aldeia, que até então estava protegida por enormes cercas, Mary não vê outra alternativa senão fugir e começar sua jornada pela Floresta de Mãos e Dentes.

No momento entre a morte de minha mãe e seu Retorno, eu paro de acreditar em Deus.”


Uma das coisas que mais me chamou a atenção na estória foi a dúvida de Mary em relação a sua crença em Deus, e, na maioria das vezes, a falta dela. O modo como a religião foi inserida na estória me encantou de uma maneira incrível, assim como todos os conflitos religiosos sofridos pela personagem principal. A Irmandade é severa e ditadora de uma forma revoltante; ela tem o controle de tudo e de todos, e muitas vezes age cruelmente para que ninguém descubra o que há do outro lado da cerca além dos Esconjurados.

Eu soluço porque isto não é vida. Porque não é assim que a vida deveria ser e porque não sei como consertar nenhuma dessas situações.”

A escrita da Carrie Ryan é maravilhosa! Ela conseguiu que mesmo os momentos mais sofridos não ficassem chatos e arrastados. Os capítulos do livro são curtos e há muita luta e sangue (obviamente, afinal estamos falando de um livro cujo tema é zumbis), sem nunca deixar de explorar o emocional dos personagens.

Fico à beira do túmulo de Beth, olhando para a Floresta e me perguntando como nunca estamos verdadeiramente preparados para a morte.”

Eu apenas senti falta de uma melhor explicação sobre a devastação do mundo pelos Esconjurados. Como foi que a infecção surgiu? Como a situação chegou àquele ponto? Mas apesar de nesse quesito o livro ficar devendo, o final me deixou bastante satisfeito. É must-read, pois eu simplesmente não conseguia parar de ler!! A estória, além de inovadora, é triste e alucinante ao mesmo tempo. Recomendo demais!!

Ele me joga por sobre seu ombro, posso sentir como seu corpo estremece e sei que ele está chorando. (…) E me pergunto se algum dia já existiu algum mundo mais cruel do que este que nos força a matar as pessoas que mais amamos.”

Quando acabei a leitura, só o que eu conseguia pensar era: “Cadê a sequência? Cadê??”. O livro possui dois companion books (estórias que se passam no mesmo mundo, mas com outros personagens): The Dead-Tossed Waves e The Dark and Hollow Places, mas ainda não foram lançados por aqui.

NOTA: 4,5 de 5 estrelas.

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