segunda-feira, 15 de abril de 2013

REVIEW: O LADO BOM DA VIDA

Livro: O Lado Bom da Vida
Título original: The Silver Linings Playbook
Autor: Matthew Quick
Número de páginas: 254
Editora: Intrínseca

Sinopse:

Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele "lugar ruim", Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados".

Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando -se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.

O Lado Bom da Vida é narrado por Pat, personagem principal do livro, que possui transtornos mentais. Apesar disso, a estória consegue ser contada de uma forma leve e ingênua, características de Pat. É uma leitura rápida, de um fim de semana, por não apresentar muita profundidade no tema de saúde mental e os personagens não serem trabalhados totalmente a fundo. 

Um dos pontos positivos do livro é a relação que Pat mantem com alguns personagens, como Cliff, seu terapeuta, Tiffany, sua louca nova amiga (que, na minha opinião, deveria aparecer muito mais na estória), Jake, seu irmão, e todo o pessoal envolvido na torcida de futebol americano.

Porém, futebol americano pode ser considerado um dos pontos negativos do livro. O autor dá muita ênfase ao assunto, que, apesar de render cenas bastante divertidas, acaba se tornando um pouco massante ao leitor, principalmente se este não possui muito interesse pelo assunto. 

Apesar de Pat acreditar em "finais felizes e no lado bom da vida" como diz a sinopse, não é com um final feliz do tipo clichê que o livro termina. Além disso, o autor deixar algumas questões a serem resolvidas. Por isso, o final do livro tem um quê de "a vida como ela é" que está bem longe de ser perfeito, mas que se encaixa perfeitamente na estória.

Não posso acabar esta resenha sem destacar duas coisas: o capítulo chamado "A montagem de meu filme", que é escrito de forma original e divertida de se ler, e a personagem Tiffany, que, como mencionei acima, merecia ter mais aparições na estória. Ela é uma personagem que causa um certo estranhamento assim que aparece, mas que aos poucos vai conquistando o leitor, seja por causa de suas loucuras ou pelos traumas e momentos difíceis pelos quais passou.

Enfim, O Lado Bom da Vida trata, com leveza, de uma tema um tanto difícil de ser abordado. Os personagens, apesar de não profundamente abordados, cativam o leitor, que certamente conseguirá tirar algum proveito das situações e dos temas abordados no livro. Recomendo!

Nota: 4 de 5 estrelas.

4 comentários:

  1. Caramba, terminei de ler esse livro ontem, não sabia ainda que tinha sido postado aqui haha. Gostei do livro, o Pat tem uma visão bem interessante das coisas, mas o que realmente não gostei foi justamente a relação dele com a Tiffany. Embora eu entenda que o autor decidiu por fazer algo diferente que elucidasse como seria na vida real, ainda assim achei a relação um tanto forçada. Os vários momentos que ficam sem se falar, mesmo que isso queira dizer que se sentem confortáveis um ao lado do outro, me pareceu um forçado. Entendi a ideia, mas não gostei tanto da execução. E o pai dele é uma pessoa horrível, coitada da mãe haha.

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    1. Olá! Eu adorei o livro, e, apesar de não ter gostado muito de algumas mudanças que eles fizeram para a adaptação cinematográfica, também gostei do filme (admito que principalmente por causa da Jennifer Lawrence, haha). :D

      Ah, apesar de entender seu ponto de vista eu adorei a relação dos dois personagens, mas repito o que escrevi na resenha: a Tiffany deveria ter aparecido mais vezes! Porém, em suma, foi um livro bem legal. :)

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Haha eu tb vi o filme, só que antes do livro. As adaptações fazem bastante sentido, pois deixam o filme mais "hollywoodiano", com toda a tensão do torneio e um final mais impactante.

      E eu acredito (mas não ficarei batendo nesta tecla, só quero dizer mais uma coisa haha) que esse sentimento de que faltou mais da Tiffany na estória é justamente devido à maneira como a relação deles se comportou. Falou algo a mais na relação ou pelo menos, para mim, poderia ter sido melhor desenvolvida sem perder o aspecto realista.

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