REVIEW: UNRAVEL ME (SHATTER ME #2)

A resenha está livre de spoilers.

Livro: Unravel Me

Autora: Tahereh Mafi

Número de páginas: 480

Editora: HarperCollins

A sinopse foi descartada para evitar spoilers.

Admito que fiquei um pouco empolgado com o final de Shatter Me, o primeiro livro da trilogia. Admito que achei que Juliette pararia de se culpar por tudo o que acontece de ruim na estória. Enfim, admito que achei que no segundo livro, finalmente, a estória "engrenaria". É claro que eu não estava esperando milagres: sempre tive em mente que a narrativa poética da autora continuaria lá e que o enfoque no romance seguiria marcando presença. Resumindo: eu acreditava que a estória poderia melhorar, dentro do possível.

Porém, quando acabei de ler Unravel Me, não consegui decidir se gostei ou não da leitura. Algumas partes são épicas, outras são bobas demais. Abaixo, dois trechos retirados do livro:

"So I stumble back.

I close my eyes.

I let go. 

I fall to my knees and press my palm to the ground and feel the power coursing through me, feel it curdling in my blood and mixing with the anger, the passion, the fire inside of me and I think of every time my parents called me a monster, a horrible terrifying mistake and I think of all the nights I sobbed myself to sleep and see all the faces that wanted me dead and then it's like a slide show of images reeling through my mind, men and women and children, innocent protesters run over in the streets; I see guns and bombs, fire and devastation, so much suffering and I steel myself. I flex my fist. I pull back my arm and 

I 

s h a t t e r

what's left of this earth."

"The guilt is growing inside of me in stacks, settiling my bones, snapping me in half. It's a cable twisted around my neck, a caterpillar crawling across my stomach. It's the night and midnight and the twilight of indecision. It's too many secrets I no longer contain. I don't understand why I want this. I am a terrible person."

O primeiro trecho é a parte mais épica do livro, ao passo que o segundo é uma das inúmeras partes de autorrecriminação de Juliette (que, ao longo do  livro, vão soando cada vez mais bobas). 

Quem gosta de um triângulo amoroso, porém, vai encontrar em Unravel Me um prato cheio. Não vou citar os nomes dos personagem por quem Juliette se apaixona (caso alguém ainda não tenha lido o primeiro livro), mas adianto que, para que a personagem principal se encontre numa situação superdifícil, totalmente dividida entre "o cara do bem" e "o cara do mal", a autora é capaz dos maiores clichês.

Aliás, falando em clichê, não existe melhor palavra para descrever o verdadeiro vilão da estória, que aparece apenas agora, no segundo livro da trilogia. Mafi tentou fazer com que ele fosse o "mal em forma de pessoa" (o que me lembrou muito o caso do vilão da série Fallen, da escritora Lauren Kate). Só que simplesmente não funciona. O personagem é clichê demais.

Quando acabei a leitura, senti que o livro poderia muito bem ter umas 150 páginas a menos. Afinal, muito pouca coisa acontece ao longo das 480 páginas. 

Há, porém, os pontos positivos do livro. Um deles são os personagens. Os destaques: James, que por ser extremamente cativante, já era um dos meus favoritos no primeiro livro;  Kenji, um personagem que podemos conhecer mais nesse segundo volume da trilogia e que é de longe o mais divertido; e as gêmeas Sonya e Sara. Outro ponto positivo é que ficamos conhecendo mais do passado obscuro de Warner. 

E quanto ao final? Eu particularmente o achei um tanto fraco. Onde está o clímax? O verdadeiro clímax? Unravel Me acaba com um cliffhanger não muito satisfatório, mas que me deixou com uma certa esperança... A mesma esperança do final de Shatter Me e que acabou em decepção no segundo livro. 

Mas fazer o quê? Agora que já li os dois primeiros livros, não vou desistir da trilogia! Só me resta aguardar o lançamento do último livro e torcer para que a estória melhore...

NOTA: 3 de 5 estrelas.