segunda-feira, 19 de março de 2012

REVIEW: SANGUE QUENTE


Livro: Sangue Quente
Título original: Warm Bodies
Autor: Isaac Marion
Número de páginas: 252
Editora: Leya

Sinopse:

Em algum momento da história, os zumbis apareceram e agora o mundo está destruído. Os humanos normais fugiram para dentro dos enormes estádios de futebol e lá criaram suas pequenas comunidades. Mas nossa história é contada do ponto de vista de R, um zumbi que se arrasta como os outros, caça como os outros, come carne e cérebros (a mais fina iguaria) como os outros, mas que, às vezes, tem sonhos de como era ser humano, tenta se lembrar de sua vida de humano e filosofa sobre isso.

Um dia, em uma caçada, R encontra Julie e, no meio da carnificina que seu grupo impõe ao dela, algo o impede de matá-la. Mas o que aconteceu? Será que ela é diferente? É possível haver atração entre humanos e zumbis? Serão eles Romeu e Julieta de um mundo pós-apocalíptico?

Isaac Marion mergulha fundo no mundo dos zumbis e os leva a um novo patamar, respondendo a essas e outras perguntas que assolam os fãs, como, por exemplo, por que os zumbis comem o cérebro das pessoas, será que eles pensam ou só se arrastam e babam e o que acontece com seu corpo depois de anos de degeneração.


Como a sinopse já diz, a estória se passa num mundo pós-apocalíptico, onde a humanidade vive em pequenos grupos e se refugia do mais novo mal que assombra a terra: zumbis. Como eu nunca havia lido livro algum sobre essas criaturas, estava bem empolgado para ver como a estória seria desenvolvida e como o autor Isaac Marion explicaria (e se ele fosse, de fato, fazê-lo) o surgimento dos zumbis em nosso planeta.

Uma das coisas mais legais do livro é que ele é contado sob a perspectiva de um zumbi. Isso mesmo, do próprio zumbi! Por esse motivo, entendemos mais como eles (supostamente) funcionam e por que comem o cérebro das pessoas. Devo dizer que a teoria do cérebro que o autor criou é muito bem feita e inteligente. Além disso, o livro ainda passa lições sobre o desejo do poder e a ganância do ser humano, que é mais uma das teorias criadas no livro.

Mas, apesar disso, não fica claro, no final do livro, o motivo do surgimento dos zumbis na Terra. Claro que há teorias (bem inteligentes, diga-se de passagem) e tudo mais, mas parece que ficou faltando algo para melhor explicar o apocalipse zumbi. Não que o fim da estória não seja satisfatório; ele de certo modo é, mas o leitor (ao menos eu) fica esperando uma explicação final e esclarecedora.

De qualquer modo, a estória emociona bastante (o que é uma coisa estranha de se dizer em uma resenha de um livro sobre zumbis); personagens cativantes marcam sua presença no livro e envolvem o leitor de uma maneira extraordinária. Exemplos? R, o narrador zumbi.

Os capítulos não possuem nome e nem mesmo número, mas sim desenhos de diferentes partes do corpo humano. O livro é dividido em três passos (sim, passos, não partes), o terceiro sendo o mais breve dos três.

Recomendo o livro para todos. Se você tem estômago fraco, não se preocupe; apesar de ser um livro de zumbis, as cenas descritas não são assim tão pesadas. A leitura é leve e rápida, tanto pelo número de páginas quanto pela forma de o autor escrever.

NOTA: 4 DE 5 ESTRELAS

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