segunda-feira, 8 de outubro de 2012

REVIEW: SCARS


Livro: Scars
Autora: Cheryl Rainfield
Número de páginas: 248
Editora: WestSide Books

Sinopse:
Kendra, uma sobrevivente de abuso sexual, corta-se para conseguir lidar com a dor, mas não se lembra de quem a abusou. Kendra se torna amiga de Meghan e se apaixona por ela. Quando o abusador de Kendra começa a ameaçá-la, ela deve achar um jeito de encarar o passado e parar de se auto-machucar – antes que seja tarde demais.

Faz alguns meses que eu solicitei Scars no site NetGalley, e demorei uns três meses para lê-lo. Porém, confesso que me arrependo bastante por ter protelado tanto a leitura desse livro. Scars trata de um tema muito delicado: abuso sexual infantil. Kendra, a personagem principal, faz terapia e é justamente nessas seções que acha uma pessoa com quem pode contar: Carolyn, a terapeuta.

Como o livro é contado na primeira pessoa do singular, sabemos tudo o que se passa na cabeça de Kendra em diversas situações, como, por exemplo, o desejo de que Carolyn fosse sua mãe. Aliás, outro aspecto que chama atenção é a relação de Kendra com sua mãe. Kendra nunca a perdoou por ela ter deixado passar despercebido o abuso sexual que Kendra sofreu várias vezes em sua infância.

Uma forma de Kendra expressar o que sente ou sentiu é pintando. Kendra pinta com a alma, totalmente livre do pensamento comercial. Por isso, muitas vezes é criticada por sua mãe, que fala “que ninguém quererá comprar um quadro tão depressivo”.

Outro ponto positivo do livro é a relação de Kendra e Meghan, sendo as duas extremamente cativantes. Kendra é uma personagem muitas vezes frágil, e Meghan tenta passar a imagem de uma pessoa forte para esconder o pesadelo que passa em casa.

O desfecho do livro me surpreendeu muito e foi bastante satisfatório. Scars é uma leitura ótima e rápida; possui apenas 248 páginas e capítulos bem curtos. Recomendo muito!

Nota: 4,5 de 5 estrelas.

Obs.: a autora do livro, Cheryl Rainfield, assim como a personagem Kendra, foi abusada sexualmente quando era criança e, para aliviar o terror das memórias, cortava-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário