A impopularidade dos e-books no Brasil

Os livros digitais (também conhecidos como e-books) ainda não são muito populares por aqui. Talvez por causa do preço exorbitante que é cobrado por um aqui no Brasil, ou pelo simples fato de as pessoas ainda preferirem ler a cópia física do livro.

Um e-book, por exemplo, nunca terá cheiro de livro novo e você não terá aquela maravilhosa sensação de virar uma página. Se você lê apenas e-books ou a maioria dos livros que lê é no formato digital, você também não terá aquele imenso prazer que tão bem conhecemos de ficar admirando uma estante repleta de livros.

Mas será que os livros digitais são tão dispensáveis assim?

A resposta é não. O que falta aqui no Brasil é uma maneira mais confortável de lê-los e, principalmente, uma forma mais barata de se ter acesso a eles para impulsionar suas vendas. Por exemplo: você não vai querer pagar vinte e poucos reais por um e-book e ainda ter que lê-lo no computador. Em alguns casos, no Brasil, o livro digital chega a custar mais que a cópia física do livro.

Vamos combinar que ler um texto no computador, como uma reportagem ou coisa do tipo, não incomoda. Agora, um livro inteiro? A luz do computador irritará os olhos do leitor, e, mais tarde, acabará causando problemas mais sérios nas vistas. Por isso, os e-readers vem bem a calhar.

O e-reader mais popular de todos é o Kindle (foto ao lado), um produto da Amazon. Infelizmente, ainda não é comercializado aqui no Brasil. Por isso, tem de ser importado e acaba custando mais do dobro de seu preço normal lá nos EUA. Por aqui, e-readers de outras marcas estão disponíveis em algumas lojas, como a Livraria Cultura, mas o preço ainda é alto demais, muitas vezes ultrapassando seiscentos reais. E, para piorar, alguns são bem inferiores ao Kindle.

Por isso, não é de se admirar que livros digitais não sejam populares no Brasil.

Porém...

Uma notícia que ajudará (e muito!) o livro digital a ficar mais popular por aqui: a Amazon divulgou que iniciará suas vendas aqui no Brasil no dia 1º de setembro desse ano, o que significa que os livros digitais, bem como o próprio Kindle, estarão disponíveis em território nacional e por um preço bem mais acessível.

Isso impulsionará bastante a venda de e-books por aqui, e talvez acabe com esse preconceito que as pessoas têm contra os livros digitais, que podem vir a ser muito úteis. Por exemplo, em uma viagem você poderá levar consigo quantos livros quiser e sua mala não ficará abarrotada.

Mas o livro físico será substituído pelo digital?

Realmente não acredito que, mesmo em um futuro longínquo, o livro físico será deixado de lado. A cópia física de um livro nunca ficará sem bateria nem nunca queimará. Tampouco será perdida quando o computador “der pau”. Muito pelo contrário: será passada de geração a geração, através dos séculos.

Livros são o maior legado a ser deixado pela humanidade.